Vila Real. Aumentam pedidos de apoio para pagar renda de casa ou medicamentos
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Os pedidos para apoio ao pagamento de rendas, medicamentos ou faturas de luz e gás aumentaram neste último semestre de 2022 em Vila Real, devido ao agravamento do custo de vida, segundo a câmara e a Cáritas.
São as famílias "de classe média baixa que, de repente, deixaram de conseguir fazer face às despesas" e famílias de estrangeiros, migrantes e refugiados, que mais solicitam ajuda.
Os pedidos para apoio ao pagamento de rendas, medicamentos ou faturas de luz e gás aumentaram neste último semestre de 2022 em Vila Real, devido ao agravamento do custo de vida, segundo a Câmara e a Cáritas.
A vereadora do pelouro da Ação Social, Mara Minhava, disse que quem tem recorrido à câmara são famílias "de classe média baixa que, de repente, deixaram de conseguir fazer face às despesas".
Pessoas empregadas, mas que por causa da inflação, do aumento dos preços e da perda do poder de compra estão a ter dificuldade em fazer face às despesas.
De acordo com a vereadora, o município está a ajudar atualmente 120 famílias com esta medida de apoio ao arrendamento e, segundo anunciou, o programa vai ser reforçado em mais cerca de "10% a 20%" em 2023.
Mara Minhava afirmou que também vai ser reforçado o financiamento do Fundo de Emergência Social Municipal, que permite um apoio financeiro excecional e temporário a agregados familiares carenciados, em emergência social grave, designadamente no âmbito da habitação, carência alimentar, dos cuidados de saúde e do apoio à educação das crianças e jovens.
Estas duas medidas são, segundo a responsável, as que estão a ter mais procura.
"A situação está a agravar-se", afirmou Carlos Martins da Cáritas Diocesana de Vila Real, que especificou que os pedidos de ajuda estão a aumentar e, ao mesmo tempo, há também uma maior dificuldade por parte dos doadores.
O responsável disse que se nota um aumento das solicitações no último semestre de 2022, o que considera ser uma consequência do aumento generalizado dos preços e do agravamento da situação socioeconómica do país.
Este ano, 95 famílias já recorreram aos apoios pontuais e urgentes da instituição, para pagamento de faturas de água, luz, gás, medicação ou rendas.
"Os maiores pedidos neste momento são para medicação", afirmou Carlos Martins.
De acordo com o responsável, desde o início do ano chegaram à instituição 30 pedidos de ajuda para o pagamento de uma renda, tendo a Cáritas conseguido dar resposta a 14. A maior parte dos pedidos (19) foram feitos já neste último semestre de 2022.
A Cáritas atribui ainda vales para aquisição de bens essenciais a 71 agregados familiares.
Carlos Martins destacou ainda o aumento dos pedidos de apoio por parte de famílias de estrangeiros, migrantes e refugiados.
No primeiro semestre, a instituição atendeu 93 famílias de outras nacionalidades e, no segundo semestre, já foram atendidas 131 famílias, maioritariamente provenientes do Brasil (109), mas também Angola, Argélia, Cabo Verde, Marrocos, Nigéria, Ucrânia e Venezuela.
Os estrangeiros pedem ajuda para o pagamento de, por exemplo, faturas, medicação, bens alimentares e ainda roupas quentes para o inverno (cobertores, lençóis).
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