Para Rui Silva, Diretor do Serviço de Imunoalergologia, “trata-se de um tratamento dirigido a doentes com alergias a fármacos, neste caso concreto, a agentes quimioterápicos. Este procedimento viabiliza a administração do medicamento ideal, essencial para melhores resultados clínicos, mesmo quando o doente tem alergia ao fármaco, evitando soluções de segunda linha que podem comprometer a eficácia do tratamento oncológico.”
“Sempre que um doente necessita de quimioterapia e apresenta alergia, repetimos o protocolo de dessensibilização até ao fim do plano de tratamentos. Isto assegura a continuidade de uma terapia eficaz, mesmo em cenários de imprevisibilidade”, realça Daniela Abreu, responsável pela área de alergia a fármacos na ULSTMAD.
A implementação desta terapêutica na ULSTMAD evita deslocações dos doentes aos hospitais de referência no Porto, oferecendo uma resposta mais célere e um acompanhamento de proximidade. Além disso, reduz custos, já que os tratamentos de segunda linha são, em geral, mais onerosos, e diminui efetivamente o risco de reações adversas graves nos doentes em tratamento oncológico.
Esta iniciativa resulta de uma ação conjunta entre os Serviços de Imunoalergologia, Farmácia e Oncologia Médica, refletindo a dinâmica de cooperação interna na procura de soluções mais eficazes para os doentes.
Este avanço reforça o compromisso da ULSTMAD em proporcionar cuidados de excelência, investindo em soluções que asseguram maior segurança, eficácia e conforto aos doentes e às suas famílias.
No ano de 2024, o Centro Oncológico da ULSTMAD registou 917 novos casos de doença oncológica, demonstrando a relevância de iniciativas como esta na prestação de cuidados de saúde na região.
Fonte/Foto: ULSTMAD