Projetos mineiros geram preocupação da população em várias localidades de Vila Real
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A prospeção e exploração de volfrâmio, quartzo, feldspato ou lítio estão a provocar grandes preocupações entre população, associações e autarcas de várias localidades do Norte do distrito de Vila Real que se posicionam contra as minas.
Noticia o Porto Canal que, recentemente, as minas do Barroso, em Boticas, e do Romano, em Montalegre, obtiveram uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, embora condicionada, um passo obrigatório para a exploração, mas há outros projetos mineiros em curso na região que estão a levantar preocupações.
Quatro associações emitiram no final da semana passada um comunicado conjunto em que alertam para os trabalhos de perfuração e sondagem para mineração em curso desde setembro no local da Brecha de Santa Helena, na aldeia de Caniçó, na freguesia de Salto, concelho de Montalegre.
“Acontece que toda esta atividade se desenvolve num terreno que o Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG) classificou como muito poluído, num estudo publicado em 2015 e que se mantém atual pois nada foi feito para resolver a situação”, afirmou o coletivo.
Nessas pronúncias são destacados aspetos como a “amplitude da intervenção pretendida e a ausência de estudos técnicos sobre a matéria”, destacando-se que “o lítio é tendencialmente incompatível com o recurso estratégico ‘água’, fundamental para a promoção e a afirmação do território do Alto Tâmega”, revela o Porto Canal.
Em outubro, a Câmara de Valpaços emitiu um comunicado em que revela ser contra o projeto de lítio proposto e apelou aos proprietários para que não aceitem negociar a exploração de minerais nas suas propriedades com a empresa concessionária.
A polémica não é exclusiva em Portugal: em vários Estados-membros houve protestos sobre os novos projetos mineiros, como nos casos da Alemanha, Suécia e Espanha.
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