Emigrante de Vila Real mata mulher em França e deixa filho de 11 anos órfão
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Licínio, matou a mulher, Francisca, com tiro de caçadeira e suicidou-se. O crime aconteceu quando o filho de ambos, de 11 anos, estava na escola. O emigrante português em França não terá aceitado o pedido de separação da companheira.
A localidade a cerca de 198 quilómetros de Toulouse, no sul de França. O emigrante português, de 46 anos, não aceitou o pedido de separação feito pela mulher, de 47, e, na segunda-feira de manhã, depois de levarem o filho, de 11 anos, à escola, matou Francisca e em seguida suicidou-se.
Os corpos foram encontrados pela polícia, depois de os vizinhos terem ouvido disparos de arma de fogo e dado o alerta. Já no local, os agentes da Gendarmeria descobriram os dois cadáveres no interior da residência. As autópsias foram realizadas na manhã de quinta-feira, 23 de março.
“As autópsias foram realizadas e confirmam as pistas iniciais. Estamos de facto a tratar de um homicídio pelo cônjuge seguido da morte do autor por suicídio. A investigação continua e, nesta fase, não há outro cenário”, disse o procurador Alexandre Rossi, confirmando tratar-se de um crime de violência doméstica. “Nenhum incidente de violência doméstica ou violência relacionada, como ameaças ou assédio, foi relatado à polícia ou às autoridades judiciais”, adiantou.
Ainda segundo o procurador, o casal transmontano – ele de Vila Real e ela de Bragança – estava em processo de separação, mas ainda vivia junto na mesma habitação.
Licínio e Francisca tinham um filho em comum, de 11 anos, que estava na escola no momento em que ocorreu o crime. A criança foi acolhida por uma associação de apoio à vítima e pelos serviços de proteção infantil do departamento de Lot. Em breve, será entregue à família que reside em Portugal.
Tudo aponta para que se trate de um homicídio seguido de suicídio. Pelo menos, esta é a tese inicial da investigação aberta pela procuradoria de Cahors. Segundo a estação de televisão France 3, "o cenário do feminicídio é privilegiado", não sendo conhecidas queixas por violência doméstica envolvendo a família portuguesa nem na Gendarmeria, nem nos serviços judiciais.
As autópsias foram realizadas na quinta-feira no instituto forense de Toulouse e o corpo de Francisca, natural da aldeia de Rabal, no concelho de Bragança, é aguardado ainda esta sexta-feira na sua terra natal.
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